Pesca Esportiva: uma verdadeira paixão - Parte II
Confira os relatos dos colegas Edevar Zorrer(SR2), praticante do Fly Fishing, e Eurivan Barbosa(CCOM)...
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Dando sequência à série Talentos PROCERGS, apresentamos hoje o relato dos colegas Edevar Zorrer(SR2) e Eurivan Barbosa(CCOM), ambos praticantes da pesca esportiva e apaixonados por este esporte que mistura prazer com integração à natureza. Assim, fechamos a parte dos Pescadores Esportivos. Confira a seguir o relato dos colegas:
A PESCA COM MOSCA
A pesca com mosca é uma modalidade de pesca esportiva em que o objetivo é capturar um peixe oferecendo a ele imitações de insetos que ele tem a sua disposição, como alimento, no ambiente aquático onde vive.
Nos ambientes aquáticos, rios e lagos, é muito abundante a existência de insetos, os quais representam a base da alimentação da maioria dos peixes que existem neles. Os insetos aquáticos são encontrados no fundo dos rios e lagos nas suas fases de ovo, larva, ninfa e emergente, e na superfície quando da sua fase alada. Nesta última fase o inseto se encontra voando sobre a superfície da água e atingido-a diversas vezes para depositar seus ovos, dando assim início a um novo ciclo de sua vida.
O peixe se alimenta dos insetos em qualquer uma das suas fases descritas acima. Cabe ao pescador então identificar qual o inseto e qual a fase dele se encontra de forma mais abundante no momento. Pois é isso que o peixe estará comendo.
Além de identificar o inseto e sua fase de vida, o pescador deve ter ainda que confeccionar esse inseto artificialmente imitando a sua fase de vida, cor tamanho e forma. A confecção dessa isca é chamada de "atado de moscas", ou "fly tying", pois, a imensa maioria destas "moscas" são atadas sobre o próprio anzol, utilizando penas, pêlos e fios especiais.
Estando no local da pesca, identificado o inseto e sua fase de vida abundante, cor e forma e tamanho, e de posse das "moscas" artificiais correspondentes, o pescador tem então que apresentar estas aos peixes que pretende capturar. O lançamento destas moscas requer um equipamento diferenciado dos demais equipamentos de pesca, pois a isca não tem peso algum, literalmente ela tem o peso de uma mosca. A vara e a linha de fly foram desenvolvidas para permitir o lançamento destas moscas de forma mais natural possível.
O peixe que mais fascina os praticantes da pesca com mosca no mundo inteiro é a truta, pois a base da alimentação dela é quase que exclusivamente de insetos aquáticos, além de atingir tamanhos muito grandes, e também oferece muita luta quando fisgada, fazendo com que ela seja um dos peixes esportivos mais cobiçados mundo afora. Aqui no Brasil ela é encontrada em diversos rios da serra gaúcha (São José dos Ausentes) e serra catarinense (de Lages a Bom Jardim da Serra). Muitos outros peixes podem ser capturados utilizando esta modalidade de pesca.
Outro aspecto que cativa os praticantes da pesca de trutas com mosca, são os locais onde ela é praticada. A pesca é praticada nas cabeceiras de rios, onde ele é raso, possui águas frias e límpidas, e com pequenas corredeiras, permitindo ao pescador caminhar por dentro deles o tempo inteiro. Nestes locais a natureza é muito exuberante, e faz com que o pescador se sinta parte do belo cenário onde se encontra. Nestas condições a captura de uma única truta é um grande troféu que premia o pescador pela sua astúcia por tê-la capturado imitando quase que perfeitamente o que a natureza faz.
Essa modalidade de pesca ocorre de forma muito intensa no mundo inteiro, e aqui no Brasil ela começa a despertar o interesse de muitos pescadores que já praticam a pesca com iscas artificiais. Recentemente foi fundada a ABPM, Associação Brasileira de Pesca com Mosca com o objetivo de desenvolver e difundir esta modalidade de pesca aqui no Brasil.
Eu pratico essa pesca há mais de 10 anos, e cada dia mais fico mais fascinado por ela. Com o intuito de divulgá-la aos amigos, venho produzindo diversos vídeos das pescarias que realizo, nos quais procuro transmitir o que de mais belo podemos obter nela. Os meus vídeos podem ser vistos em 2 canais do youtube: o meu, edzorrer e do ovoodamosca. www.youtube.com/edzorrer e www.youtube.com/ovoodamosca respectivamente.
Como regra fundamental, o peixe é o bem maior que temos nessa modalidade de pesca, e por isso sempre devolvemos ele à água nas melhores condições de sobrevivência possível, pois queremos que ele continue se reproduzindo e assim estaremos perpetuando nossa pratica, e, fundamentalmente, garantindo a existência dele nos cursos d’água. A pesca com devolução, seja com mosca ou artificial, é uma pratica de exploração da natureza de forma totalmente sustentável.
Edevar Zorrer
TUDO ACONTECEU MEIO QUE POR ACASO
Diferente de grande parte dos pescadores que eu conheço, meu interesse por este esporte/lazer começou tarde, pelos 38 anos de idade. Quando mais jovem, eu até pescava de vez em quando, quase sempre na praia, mas nada que me fascinasse.
A paixão pela pesca esportiva, e o mundo das iscas artificiais, foi surgir só em 2007, algo que meio por acaso. Lembro que naquele ano, antes de entrar em férias, resolvi fazer umas compras numa loja de pesca localizada na avenida Farrapos, a Pantanal.
Neste estabelecimento comercial, enquanto eu decidia entre anzóis, linhas e chumbadas, chamou-me a atenção uma foto que estava numa das prateleiras da loja. Nela, a imagem de um pescador (foto abaixo) segurando um peixe estranho para mim na época. Curioso como sempre, perguntei ao proprietário da loja:
- Que peixe é este que eu não conheço?
- Este é o black bass, uma espécime exótica que foi introduzida aqui no Rio Grande do Sul faz algum tempo.
- Que roupa estranha deste pescador... mais parece um guerrilheiro... um vietkong... Meu interlocutor sorriu e explicou:
- Ele é um pescador esportivo e costuma utilizar iscas artificiais para fisgar os seus peixes...
- Iscas artificiais?!!!
- Sim, eu tenho algumas aqui para você ver... elas são muito eficientes, principalmente quando se trata de peixes predadores...
Após olhar as iscas artificiais - artefatos que imitam peixes reais e são produzidos nos mais variados modelos - fiquei intrigado pensando se aqueles objetos realmente funcionavam.
- Quer levar uma para experimentar?
- Não, obrigado, costumo pescar somente na praia - desconversei.
- Ok, se você quiser, eu posso pedir pro Germano conversar contigo sobre pesca esportiva, te explicar melhor como isso funciona...
- Germano?
- Sim, o pescador que você viu na foto. Ele mora em Porto Alegre e costuma pescar sempre nos finais de semana.
- Não, obrigado, sou pescador de ocasião... nem sei pescar direito... só lembro disso, eventualmente, nas férias...
- Mas quem sabe tu me deixa o teu telefone e ele entra em contato...
Pensei duas..., três vezes... e cheguei a seguinte conclusão: Vou dar o meu telefone... assim encerro o assunto e... ,é claro, o sujeito da foto nunca vai me ligar mesmo.
- Tá bom, pode ser... sem problemas... meu telefone é...
Um mês depois, já em casa, depois de ter desfrutado minhas merecidas férias, recebo a ligação do Germano. Confesso que fiquei surpreso...
- E aí Eurivan, aqui é o Germano, o da foto que tu viu lá no Pantanal. Vem cá, tá a fim de conhecer mais de perto a pesca esportiva? No final de semana vamos para a Serra com a turma pescar o black bass... O que achas?
- Opa... olha tchê, vou ter que pensar um pouco, mas... o que vai acontecer exatamente lá na Serra?
- Primeiramente vamos participar de uma competição de pesca e, após isso, vamos pescar...aí você aproveita pra conhecer o black e a forma como o pescamos...
- Germano, posso te responder amanhã?
- É claro...
- Beleza...
Bem pessoal, no dia seguinte liguei para o Germano confirmando minha ida para a Serra. Confesso que senti naquele instante um misto de curiosidade e desconfiança. Pensava eu com os meus botões: Será que os caras pegam mesmo peixe usando iscas artificiais ?
A primeira pescaria esportiva a gente nunca esquece...
No dia combinado, fomos para a Serra juntos. Como havia sido planejado, primeiramente eu assistiria a uma prova de pesca de black bass, competição essa que foi realizada numa fazenda chamada Bela Vista, localizada no município de Lajeado Grande. Após o torneio, iríamos pescar em algum outro lago da Serra que não tivesse sofrido a pressão da pesca.
Lembro ainda como se fosse hoje essa prova na Fazenda Bela Vista. Com a minha filmadora em mãos, pude registrar, em detalhes, aquela competição que reuniu em torno de 60 pescadores. Todos adeptos às iscas artificiais.
O que mais me marcou nesta prova de black foi uma pescadora que participava da competição . Com muita técnica e boa leitura de ambiente, ela, que era a única representante do sexo feminino na competição, conseguiu desbancar mais de 50 barbados, sagrando-se assim campeã de uma das etapa do Campeonato Estadual de Pesca com Iscas Artificiais do Rio Grande do Sul. Aquela foi uma prova absolutamente ingrata com os pescadores, e poucos foram os que conseguiram tirar um exemplar da água. Mesmo o Germano, pescador experiente, não foi bem-sucedido naquela ocasião.
Depois dessa experiência, na condição de mero espectador, nunca mais parei de pescar, priorizando quase sempre a utilização das iscas artificiais. Sofri um pouco no começo, pois até um simples arremesso exige treinamento e dedicação. Dar vida a objetos inanimados dentro da água, fazendo eles parecerem seres vivos para seduzir a atenção do peixe, também não é uma tarefa simples, sendo necessário conhecer a fundo o trabalho de cada isca artificial.
Além de representar um lazer para mim, a pesca esportiva tem a virtude de me aproximar da natureza, sendo um ato terapêutico em muitas circunstâncias. Aqui no Rio Grande do Sul existem muitos lugares bonitos para se pescar e relaxar a mente, contemplando tudo o que nos cerca em volta. Com o intuito de mostrar estes ambientes, criei até um blog para registrar as pescarias da nossa turma de amigos. O endereço é www.euripesca.com.br. Vai lá e confere as nossas proezas pescativas... É isso...
Eurivan Barbosa
A PESCA COM MOSCA
A pesca com mosca é uma modalidade de pesca esportiva em que o objetivo é capturar um peixe oferecendo a ele imitações de insetos que ele tem a sua disposição, como alimento, no ambiente aquático onde vive.
Nos ambientes aquáticos, rios e lagos, é muito abundante a existência de insetos, os quais representam a base da alimentação da maioria dos peixes que existem neles. Os insetos aquáticos são encontrados no fundo dos rios e lagos nas suas fases de ovo, larva, ninfa e emergente, e na superfície quando da sua fase alada. Nesta última fase o inseto se encontra voando sobre a superfície da água e atingido-a diversas vezes para depositar seus ovos, dando assim início a um novo ciclo de sua vida.
O peixe se alimenta dos insetos em qualquer uma das suas fases descritas acima. Cabe ao pescador então identificar qual o inseto e qual a fase dele se encontra de forma mais abundante no momento. Pois é isso que o peixe estará comendo.
Além de identificar o inseto e sua fase de vida, o pescador deve ter ainda que confeccionar esse inseto artificialmente imitando a sua fase de vida, cor tamanho e forma. A confecção dessa isca é chamada de "atado de moscas", ou "fly tying", pois, a imensa maioria destas "moscas" são atadas sobre o próprio anzol, utilizando penas, pêlos e fios especiais.
Estando no local da pesca, identificado o inseto e sua fase de vida abundante, cor e forma e tamanho, e de posse das "moscas" artificiais correspondentes, o pescador tem então que apresentar estas aos peixes que pretende capturar. O lançamento destas moscas requer um equipamento diferenciado dos demais equipamentos de pesca, pois a isca não tem peso algum, literalmente ela tem o peso de uma mosca. A vara e a linha de fly foram desenvolvidas para permitir o lançamento destas moscas de forma mais natural possível.
O peixe que mais fascina os praticantes da pesca com mosca no mundo inteiro é a truta, pois a base da alimentação dela é quase que exclusivamente de insetos aquáticos, além de atingir tamanhos muito grandes, e também oferece muita luta quando fisgada, fazendo com que ela seja um dos peixes esportivos mais cobiçados mundo afora. Aqui no Brasil ela é encontrada em diversos rios da serra gaúcha (São José dos Ausentes) e serra catarinense (de Lages a Bom Jardim da Serra). Muitos outros peixes podem ser capturados utilizando esta modalidade de pesca.
Outro aspecto que cativa os praticantes da pesca de trutas com mosca, são os locais onde ela é praticada. A pesca é praticada nas cabeceiras de rios, onde ele é raso, possui águas frias e límpidas, e com pequenas corredeiras, permitindo ao pescador caminhar por dentro deles o tempo inteiro. Nestes locais a natureza é muito exuberante, e faz com que o pescador se sinta parte do belo cenário onde se encontra. Nestas condições a captura de uma única truta é um grande troféu que premia o pescador pela sua astúcia por tê-la capturado imitando quase que perfeitamente o que a natureza faz.
Essa modalidade de pesca ocorre de forma muito intensa no mundo inteiro, e aqui no Brasil ela começa a despertar o interesse de muitos pescadores que já praticam a pesca com iscas artificiais. Recentemente foi fundada a ABPM, Associação Brasileira de Pesca com Mosca com o objetivo de desenvolver e difundir esta modalidade de pesca aqui no Brasil.
Eu pratico essa pesca há mais de 10 anos, e cada dia mais fico mais fascinado por ela. Com o intuito de divulgá-la aos amigos, venho produzindo diversos vídeos das pescarias que realizo, nos quais procuro transmitir o que de mais belo podemos obter nela. Os meus vídeos podem ser vistos em 2 canais do youtube: o meu, edzorrer e do ovoodamosca. www.youtube.com/edzorrer e www.youtube.com/ovoodamosca respectivamente.
Como regra fundamental, o peixe é o bem maior que temos nessa modalidade de pesca, e por isso sempre devolvemos ele à água nas melhores condições de sobrevivência possível, pois queremos que ele continue se reproduzindo e assim estaremos perpetuando nossa pratica, e, fundamentalmente, garantindo a existência dele nos cursos d’água. A pesca com devolução, seja com mosca ou artificial, é uma pratica de exploração da natureza de forma totalmente sustentável.
Edevar Zorrer
TUDO ACONTECEU MEIO QUE POR ACASO
Diferente de grande parte dos pescadores que eu conheço, meu interesse por este esporte/lazer começou tarde, pelos 38 anos de idade. Quando mais jovem, eu até pescava de vez em quando, quase sempre na praia, mas nada que me fascinasse.A paixão pela pesca esportiva, e o mundo das iscas artificiais, foi surgir só em 2007, algo que meio por acaso. Lembro que naquele ano, antes de entrar em férias, resolvi fazer umas compras numa loja de pesca localizada na avenida Farrapos, a Pantanal.
Neste estabelecimento comercial, enquanto eu decidia entre anzóis, linhas e chumbadas, chamou-me a atenção uma foto que estava numa das prateleiras da loja. Nela, a imagem de um pescador (foto abaixo) segurando um peixe estranho para mim na época. Curioso como sempre, perguntei ao proprietário da loja:
- Que peixe é este que eu não conheço?
- Este é o black bass, uma espécime exótica que foi introduzida aqui no Rio Grande do Sul faz algum tempo.
- Que roupa estranha deste pescador... mais parece um guerrilheiro... um vietkong... Meu interlocutor sorriu e explicou:
- Ele é um pescador esportivo e costuma utilizar iscas artificiais para fisgar os seus peixes...
- Iscas artificiais?!!!
- Sim, eu tenho algumas aqui para você ver... elas são muito eficientes, principalmente quando se trata de peixes predadores...
Após olhar as iscas artificiais - artefatos que imitam peixes reais e são produzidos nos mais variados modelos - fiquei intrigado pensando se aqueles objetos realmente funcionavam.
- Quer levar uma para experimentar?
- Não, obrigado, costumo pescar somente na praia - desconversei.
- Ok, se você quiser, eu posso pedir pro Germano conversar contigo sobre pesca esportiva, te explicar melhor como isso funciona...
- Germano?
- Sim, o pescador que você viu na foto. Ele mora em Porto Alegre e costuma pescar sempre nos finais de semana.
- Não, obrigado, sou pescador de ocasião... nem sei pescar direito... só lembro disso, eventualmente, nas férias...
- Mas quem sabe tu me deixa o teu telefone e ele entra em contato...
Pensei duas..., três vezes... e cheguei a seguinte conclusão: Vou dar o meu telefone... assim encerro o assunto e... ,é claro, o sujeito da foto nunca vai me ligar mesmo.
- Tá bom, pode ser... sem problemas... meu telefone é...
Um mês depois, já em casa, depois de ter desfrutado minhas merecidas férias, recebo a ligação do Germano. Confesso que fiquei surpreso...
- E aí Eurivan, aqui é o Germano, o da foto que tu viu lá no Pantanal. Vem cá, tá a fim de conhecer mais de perto a pesca esportiva? No final de semana vamos para a Serra com a turma pescar o black bass... O que achas?
- Opa... olha tchê, vou ter que pensar um pouco, mas... o que vai acontecer exatamente lá na Serra?
- Primeiramente vamos participar de uma competição de pesca e, após isso, vamos pescar...aí você aproveita pra conhecer o black e a forma como o pescamos...
- Germano, posso te responder amanhã?
- É claro...
- Beleza...
Bem pessoal, no dia seguinte liguei para o Germano confirmando minha ida para a Serra. Confesso que senti naquele instante um misto de curiosidade e desconfiança. Pensava eu com os meus botões: Será que os caras pegam mesmo peixe usando iscas artificiais ?
A primeira pescaria esportiva a gente nunca esquece...
No dia combinado, fomos para a Serra juntos. Como havia sido planejado, primeiramente eu assistiria a uma prova de pesca de black bass, competição essa que foi realizada numa fazenda chamada Bela Vista, localizada no município de Lajeado Grande. Após o torneio, iríamos pescar em algum outro lago da Serra que não tivesse sofrido a pressão da pesca.
Lembro ainda como se fosse hoje essa prova na Fazenda Bela Vista. Com a minha filmadora em mãos, pude registrar, em detalhes, aquela competição que reuniu em torno de 60 pescadores. Todos adeptos às iscas artificiais.
O que mais me marcou nesta prova de black foi uma pescadora que participava da competição . Com muita técnica e boa leitura de ambiente, ela, que era a única representante do sexo feminino na competição, conseguiu desbancar mais de 50 barbados, sagrando-se assim campeã de uma das etapa do Campeonato Estadual de Pesca com Iscas Artificiais do Rio Grande do Sul. Aquela foi uma prova absolutamente ingrata com os pescadores, e poucos foram os que conseguiram tirar um exemplar da água. Mesmo o Germano, pescador experiente, não foi bem-sucedido naquela ocasião.
Depois dessa experiência, na condição de mero espectador, nunca mais parei de pescar, priorizando quase sempre a utilização das iscas artificiais. Sofri um pouco no começo, pois até um simples arremesso exige treinamento e dedicação. Dar vida a objetos inanimados dentro da água, fazendo eles parecerem seres vivos para seduzir a atenção do peixe, também não é uma tarefa simples, sendo necessário conhecer a fundo o trabalho de cada isca artificial.
Além de representar um lazer para mim, a pesca esportiva tem a virtude de me aproximar da natureza, sendo um ato terapêutico em muitas circunstâncias. Aqui no Rio Grande do Sul existem muitos lugares bonitos para se pescar e relaxar a mente, contemplando tudo o que nos cerca em volta. Com o intuito de mostrar estes ambientes, criei até um blog para registrar as pescarias da nossa turma de amigos. O endereço é www.euripesca.com.br. Vai lá e confere as nossas proezas pescativas... É isso...
Eurivan Barbosa